Stablecoins: O que são e como comprar em 2025

7 minutos

As stablecoins representam uma categoria particular dentro das moedas digitais. Embora tenham surgido no ecossistema das criptomoedas, seu valor está atrelado a referências tradicionais, como moedas fiduciárias, como o dólar ou metais preciosos, tipo o ouro.

Essa característica de equilíbrio que combina a inovação do universo descentralizado do Bitcoin (BTC) com a estabilidade do mercado financeiro regulado fez com que elas se tornassem bastante populares entre investidores.

Ao mesmo tempo, despertaram atenção e críticas de autoridades e órgãos reguladores em todo o mundo. Pensando nisso, vamos mostrar o que é stablecoins, como funciona na prática, quais são os principais projetos em circulação e de que forma elas são emitidas. Confira!

O que é stablecoins

As stablecoins são criptoativos desenvolvidos para oferecer estabilidade de preço. O próprio nome já indica sua proposta: "stable" significa estável e "coin" corresponde a moeda.

Diferente de outras criptomoedas altamente voláteis, seu valor é lastreado em ativos de referência, como moedas oficiais (dólar, euro, real) ou até commodities, sendo o ouro um dos exemplos mais comuns. Essa vinculação busca reduzir oscilações bruscas, tornando-as mais previsíveis.

Graças a essa característica, as stablecoins são bastante utilizadas em operações do ecossistema blockchain, seja para transferências internacionais, negociações financeiras ou até compras do dia a dia.

Elas funcionam como uma ponte entre o mercado tradicional e o universo digital, permitindo que transações sejam realizadas com mais segurança e menor exposição às flutuações extremas típicas das criptos convencionais.

Imagem de uma pessoa saindo de uma tela segurando moedas de BitcoinStablecoins

Como é criada uma Stablecoin

Assim como outras criptomoedas, as stablecoins também são registradas em uma blockchain, tecnologia que surgiu com o Bitcoin em 2008 e funciona como um banco de dados descentralizado. A diferença central está no modo como elas são emitidas.

Enquanto moedas como BTC, ETH ou DOGE não possuem lastro, as estáveis exigem que a empresa responsável mantenha reservas equivalentes ao valor colocado em circulação. Ou seja, cada token lançado deve estar respaldado por um ativo real.

Esse modelo lembra o antigo padrão-ouro, no qual o dinheiro impresso por um país só poderia circular se houvesse a mesma proporção em metal precioso estocado nos cofres do governo.

Como o valor das Stablecoins é mantido?

Assim como já falamos, as stablecoins representam uma categoria de criptoativos criada para reduzir oscilações bruscas de preço.

Para isso, elas mantêm sua cotação atrelada a um parâmetro externo, que pode ser uma moeda oficial, como o dólar americano, um bem de valor, como o ouro, ou ainda outros tipos de ativos financeiros.

A ideia central por trás desse modelo é oferecer maior previsibilidade e segurança em comparação com moedas digitais de alta volatilidade, como o Bitcoin. Dessa forma, tornam-se mais adequadas para uso cotidiano em pagamentos e transferências, já que preservam melhor o poder de compra dos usuários.

Qual a importância das Stablecoins

No universo das criptomoedas, as stablecoins cumprem uma função estratégica justamente por oferecerem maior previsibilidade de valor.

Enquanto ativos como Bitcoin e Ethereum se destacam pela descentralização e pela possibilidade de transferências globais sem intermediários, eles sofrem com oscilações intensas de preço, o que dificulta seu uso em operações rotineiras.

Para solucionar esse problema, surgiram as stablecoins, que mantêm seu valor associado a ativos mais estáveis, como o dólar. Essa vinculação reduz a volatilidade, preserva o poder de compra e facilita sua adoção em pagamentos e movimentações financeiras do dia a dia.

Quer saber quais as melhores criptomoedas para investir em 2025? Confira nosso artigo completo.

Ilustração de um computador e várias moedas de criptomoedas caindo em um carteiraStablecoins

Qual a diferença entre Stablecoins e criptomoedas

Embora compartilhem o mesmo universo das finanças digitais, stablecoins e criptomoedas tradicionais apresentam diferenças importantes em sua essência e funcionamento.

Lastro

As stablecoins têm seu valor associado a ativos de referência, como moedas oficiais emitidas por governos, commodities ou até mesmo outros criptoativos. Já moedas como Bitcoin e Ethereum não possuem esse tipo de garantia.

Para alguns analistas, o verdadeiro respaldo dessas criptos está justamente em sua tecnologia e no nível de descentralização que oferecem.

Oscilação de preço

Como estão vinculadas a ativos de menor variação, as stablecoins tendem a ser mais previsíveis em comparação a moedas digitais voláteis.

É raro ver o USDT ou o BUSD, que acompanham o dólar, registrarem quedas diárias de dois dígitos, algo relativamente comum em criptoativos como o BTC e o ETH.

Potencial de valorização

A estabilidade pode ser um benefício para quem busca previsibilidade, mas também representa uma limitação. Quem mantém apenas stablecoins não participa dos grandes ciclos de alta do mercado.

Proteção contra inflação

Apesar da volatilidade, diversas instituições enxergam o Bitcoin e outras criptomoedas como alternativas para preservar valor em cenários de pressão inflacionária.

Já as stablecoins ligadas a moedas fiduciárias não oferecem essa proteção, pois estão sujeitas diretamente às políticas econômicas e decisões de bancos centrais.

Centralização

As criptomoedas nasceram com base no princípio da descentralização. No entanto, a maioria das stablecoins, sobretudo as lastreadas em moedas fiat, são administradas por empresas específicas.

Isso pode transmitir confiança, como no caso da USDC, que conta com o respaldo da Coinbase, mas também gera desconfiança, como no caso da Tether, frequentemente questionada por falta de transparência em suas reservas.

Tipos de Stablecoins

Agora que já vimos o conceito de stablecoins e o motivo pelo qual elas são relevantes, é hora de conhecer os principais formatos disponíveis no mercado.

Vinculadas a moedas fiduciárias

Esse modelo tem como lastro moedas tradicionais, como dólar, euro ou real, seguindo a proporção de 1 para 1. Isso significa que, para cada unidade emitida, a instituição responsável mantém o mesmo valor guardado em reserva. Exemplos bem conhecidos dessa categoria são a USDC e a USDT.

Garantidas por criptomoedas

Nessa modalidade, o respaldo não vem de moedas fiat, mas sim de outros criptoativos. O funcionamento é semelhante: é necessário oferecer um colateral, mas aqui o depósito é feito em moedas digitais.

A DAI é um dos exemplos mais notáveis, pois exige que o usuário deposite ETH em um contrato inteligente para que novas unidades sejam criadas.

Atreladas a commodities

Algumas stablecoins são vinculadas a bens físicos, principalmente metais preciosos. O ouro é o recurso mais comum utilizado como garantia. Dentro desse grupo, uma das mais conhecidas é a PAX Gold (PAXG).

Algorítmicas

Esse tipo se diferencia dos demais porque não possui um lastro direto em ativos reais. Sua estabilidade é mantida por meio de algoritmos e contratos inteligentes que controlam a emissão e a oferta. A TerraUSD (UST) é um caso representativo, e até a própria DAI pode ser considerada parte dessa categoria devido ao seu mecanismo híbrido.

Como investir em Stablecoins?

No Brasil, é possível comprar stablecoins diretamente por meio de exchanges. Normalmente, a abertura de conta nessas plataformas não tem custo. Basta acessar o site, criar um cadastro com senha, enviar documentos para confirmar sua identidade.

Após concluir esses passos iniciais, você só precisa transferir reais para a plataforma e convertê-los em stablecoins. Entre as opções disponíveis nas corretoras brasileiras estão USDT, USDC, DAI, BUSD e outras. De acordo com a Receita Federal, a stablecoin mais utilizada pelos brasileiros é a USDT.

Para quem quer começar a investir em stablecoins e outras criptomoedas, nós indicamos a Wirex. Essa fintech integra serviços bancários tradicionais com funcionalidades cripto, permitindo comprar, armazenar, trocar e gastar ativos digitais de forma prática.

Captura de tela do Wirex com um cartão e um celular mostrando uma tela de bitcoinStablecoins

Eles contam com a Wirex Pay, um recurso que viabiliza pagamentos não custodiais com chaves privadas seguras e múltiplas assinaturas. A plataforma oferece suporte a stablecoins como USDT, USDC e DAI para você investir, além de emitir cartões físicos ou virtuais aceitos em mais de 200 países.

Além disso, a Wirex Wallet é uma carteira não custodial que utiliza tecnologia de computação multipartidária (MPC), eliminando a necessidade das tradicionais frases-semente. Isso oferece segurança extra, mantendo o usuário no controle total de seus ativos digitais.

Outro destaque da Wirex é o seu cartão que permite gastar criptomoedas em estabelecimentos que aceitam Visa ou Mastercard, tornando o uso de ativos digitais prático no dia a dia.

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