Modelo de Redação do Enem: 10 opções para se inspirar

Tempo de leitura24 minutos
Eduardo S.
Eduardo S.
Redator

A capacidade de escrever de forma concisa e objetiva é crucial em diversos aspectos da vida acadêmica e profissional. Muitas vezes, é preciso redigir um texto dentro de um limite específico de linhas, seja para um teste, entrevista de emprego ou atividade escolar.

A redação do Enem é uma das partes mais importantes da prova, os participantes sabem o quão desafiador é alcançar a nota máxima de 1000 (menos de 1% dos candidatos conseguem). Se você zerar sua nota nessa parte, é desclassificado e perde a chance de ingressar em uma universidade.

Escrever um texto excelente não será tão difícil se você se dedicar. Pensando nisso, preparamos este artigo para te ajudar a estruturar a introdução, desenvolvimento e conclusão. Além disso, você encontrará uma lista com modelo de redação para você se inspirar.

Qual é a estrutura da redação do Enem?

Antes de conhecer algumas opções de modelo de redação, é importante entender que a redação do Enem segue o gênero textual dissertativo-argumentativo, que consiste em apresentar um ponto de vista por meio de argumentos. A estrutura é simples e dividida em três partes:

  • Introdução: apresenta o tema e a posição do autor sobre o assunto.
  • Desenvolvimento: aprofunda os argumentos mencionados na introdução, fortalecendo o ponto de vista defendido pelo candidato.
  • Conclusão: propõe intervenções que possam contribuir para a solução da problemática apresentada.

Como criar uma redação

Escrever uma redação dentro de um limite de linhas pode parecer desafiador, mas com preparação e técnica adequadas, é possível criar um texto sucinto e impactante. Veja os passos principais para conseguir criar uma boa redação.

Compreendendo o tema

Antes de começar a escrever, é essencial ter clareza sobre o assunto escolhido. Pergunte-se: "O que eu realmente quero comunicar ao leitor?". Se estiver respondendo a uma pergunta específica, certifique-se de entendê-la completamente.

  • Faça uma breve pesquisa: mesmo que conheça o tema, uma rápida pesquisa pode fornecer insights valiosos ou perspectivas diferentes.
  • Defina o objetivo: entender o propósito da redação ajudará a manter o foco. Seja para informar, persuadir ou relatar, tenha o objetivo claro.

Planejando o conteúdo

Com apenas 20 linhas disponíveis, cada frase é importante. Por isso, é essencial planejar o que será incluído.

  • Esboço estruturado: faça um rascunho básico dos pontos principais que deseja abordar.
  • Priorize informações: nem tudo que gostaria de incluir será possível. Decida o que é crucial para o entendimento do leitor e o que pode ser omitido.
  • Sequência lógica: certifique-se de que as ideias fluam de maneira lógica e coesa.

Escrevendo com clareza

A clareza é fundamental em uma redação concisa. Ao escrever, mantenha a linguagem simples e direta. Evite jargões e palavras complexas, a menos que sejam essenciais, opte por termos mais acessíveis.

Além disso, seja direto, utilize frases curtas e objetivas geralmente têm mais impacto em textos concisos. Em vez de explicações longas, um exemplo bem escolhido pode ilustrar um ponto de forma eficaz.

Revisando e aprimorando

Depois de escrever, reserve um tempo para revisar e melhorar o texto. A redação de 20 linhas deve ser coesa, gramaticalmente correta e livre de ambiguidades.

  • Verifique gramática e ortografia: erros simples podem prejudicar a credibilidade do texto.
  • Leia em voz alta: isso ajuda a identificar frases desajeitadas ou repetitivas.
  • Peça opinião de alguém: uma visão externa pode oferecer insights valiosos e apontar áreas para melhorias.

Ilustração de uma mulher usando um notebook e uma tela grande ao fundo com vários textos

Modelo de redação do Enem

Agora que você entendeu melhor qual a estrutura de uma redação do enem e como criar uma, separamos algumas opções de modelo de redação para você se inspirar. Confira!

1. Modelo de redação pronta nota 1000 - Tema: Os obstáculos na doação de sangue no Brasil

Um simples auxílio pode transformar e salvar várias vidas. Como aconteceu após o rompimento de uma barragem da mineradora Samarco em Mariana. Centenas de pessoas se prontificaram a enviar água e mantimentos aqueles que perderam tudo com o desastre ambiental. Várias campanhas de arrecadação surgiram no Brasil e até mesmo a banda americana Pearl Jam se solidarizou e participou contribuindo financeiramente. Em outros casos, há empecilhos que dificultam o processo de ser solidário, como acontece em relação a doação de sangue no nosso país.

A falta de informação corrobora para o desconhecimento sobre a importância de doar sangue. As campanhas publicitárias não são frequentes, sem uma maior divulgação à população, o número de doadores faz-se menor do que a real demanda. No estado da Bahia, por exemplo, nos meses de fevereiro e junho, há grande concentração de eventos, como o Carnaval e as Festas Juninas, maior ingestão de bebidas alcoólicas e motoristas embriagados, o que faz com que os acidentes no trânsito aumentem. Ainda, a exposição deste problema pelos meios de comunicação e o incentivo a novos doadores são escassos.

A doação de sangue feita por homens homossexuais é marcada por obstáculos. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, até o final da década de 90 os cidadãos que tinham relações homoafetivas eram o "grupo de risco", nos anos 80, houve o auge da epidemia do vírus da HIV. Neste sentido, o Brasil excluiu a doação de homossexuais que tinham realizado sexo até o prazo de 12 meses. A orientação sexual não poderia nem deveria ser o critério de seleção, mas sim a condição de saúde dos indivíduos, uma vez que a Aids também é transmitida por heterossexuais. A partir desse raciocínio, considera-se, o "comportamento/conduta de risco" na triagem de possíveis doadores.

Deve-se superar as barreiras que interferem na doação de sangue. Portanto, a mídia tem papel imprescindível na exposição de dados informativos sobre as campanhas de sangue, seja na televisão e internet, seja em áreas físicas, como outdoors. Dessa forma, os cidadãos seriam incentivados a exercerem a solidariedade. Ademais, o governo, em parceria com a OMS, deveria investir em aparatos tecnológicos que controlem com maior rigor os grupos sanguíneos, para avaliar se o indivíduo é portador de alguma doença e averiguar a qualidade do sangue. Dessa forma, o número de voluntários aumentaria e ajudaria aos pacientes que carecem de transfusão sanguínea.

2. Modelo de redação pronta - Tema: Tratamento das doenças psíquicas no Brasil

O filme "Nise – No coração da loucura" conta a história da médica Nise da Silveira que revolucionou a história da psiquiatria brasileira, uma vez que propôs novas técnicas para tratar internos e se recusou a usar eletrochoques e camisas de força nos pacientes. Estes tratamentos representavam a forma como os doentes mentais estavam à margem da sociedade e os preconceitos em torno dessas enfermidades. No entanto, por mais que a alagoana tenha proporcionado o debate sobre essa questão, estigmas relacionados às doenças mentais ainda persistem na sociedade brasileira.

Diante desse cenário, vale ressaltar que o preconceito é um obstáculo para o tratamento das doenças psíquicas no país. De acordo com o pensamento do filósofo Byung-Chul Han, a atual"Sociedade do Cansaço" presa pelo excesso de produtividade em relação às mais diversas atividades cotidianas, como por exemplo, no trabalho e nos estudos, motivados também pela exposição desses rendimentos nas redes sociais. Consequentemente, os cuidados com a saúde mental ficam em segundo plano visto que a procura de psiquiatras e psicólogos seria um desprestígio em relação ao desempenho insatisfatório perante o corpo social.

Além disso, a falta de investimentos em políticas públicas destinadas à saúde mental do brasileiro prejudica os pacientes. Segundo uma pesquisa realizada pela Organização Mundial deSaúde, o Brasil é o país com as maiores taxas de pessoas com transtornos de ansiedade e casos de depressão. No entanto, há poucos programas destinados ao cuidado emocional dos pacientes e, com a pandemia do coronavírus, episódios de transtornos mentais que estavam latentes, desenvolveram-se pelas incertezas advindas do isolamento social. Nesse sentido, criou-se ainda mais a necessidade de atendimento específico para cuidar do psicológico das pessoas.

Fica evidente, portanto, que as doenças mentais não podem mais ser negligenciadas na sociedade brasileira. É necessário, então, que o Ministério da Saúde, por ser responsável pela administração da saúde do país, ofereça acolhimento psicológico aos cidadãos, por meio da criação de programas voltados para essa área no Sistema Único de Saúde, com o objetivo de fornecer acompanhamento adequado a esses casos e diminuir os índices informados pela OMS.Além disso, é necessário que as escolas e as empresas forneçam aos estudantes e aos funcionários apoio à saúde mental de seus integrantes. Dessa maneira, espera-se, efetivamente, fortalecer as práticas de Nise da Silveira.

3. Modelo de redação nota 1000 - Tema: Invisibilidade e registro civil: garantia de acesso à cidadania no Brasil

Norberto Bobbio, cientista político italiano, afirma que a democracia é um processo que tem, em seu cerne, o objetivo de garantia a representatividade política de todas as pessoas. Para que o mecanismo democrático funcione, então, é fundamental apresentar uma rede estatal que dê acesso a diversos recursos, como alimentação, moradia, educação, segurança, saúde e participação eleitoral. Contudo, muitos brasileiros, por não terem uma certidão de nascimento, são privados desses direitos básicos e têm seus próprios papéis de cidadãos invisibilizados. Logo, deve-se discutir as raízes históricas desse problema e as suas consequências nocivas.

Primeiramente, vê-se que o apagamento social gerado pela falta de registro civil apresenta suas origens no passado. Para o sociólogo Karl Marx, as desigualdades são geradas por condições econômicas anteriores ao nascimento de cada ser, de forma que, infelizmente, nem todos recebam as mesmas oportunidades financeiras e sociais ao longo da vida. Sob esse viés, o materialismo histórico de Marx é válido para analisar o drama dos que vivem sem certificado de nascimento no Brasil, pois é provável que eles pertençam a linhagens familiares que também não tiveram acesso ao registro. Assim, a desigualdade social continua sendo perpetuada, afetando grupos que já foram profundamente atingidos pelas raízes coloniais e patriarcais da nação. Dessa forma, é essencial que o governo quebre esse ciclo que exclui, sobretudo, pobres, mulheres, indígenas e pretos.

Além disso, nota-se que esse processo injusto cria chagas profundas na democracia nacional. No livro "Vidas Secas", de Graciliano Ramos, é apresentada a história de uma família sertaneja que luta para sobreviver sem apoio estatal. Nesse contexto, os personagens Fabiano e Sinhá Vitória têm dois filhos que não possuem certidão de nascimento. Por conta dessa situação de registro irregular, os dois meninos sequer apresentam nomes, o que é impensável na sociedade contemporânea, uma vez que o nome de um indivíduo faz parte da construção integral da sua identidade. Ademais, as crianças retratadas na obra são semelhantes a muitas outras do Brasil que não usufruem de políticas públicas da infância e da adolescência devido à falta de documentos, o que precisa ser modificado urgentemente para que se estabeleça uma democracia realmente participativa tal qual aquela prevista por Bobbio.

Portanto, o registro civil deve ser incentivado de maneira mais efetiva no país. O Estado criará um mutirão nacional intitulado "Meu Registro, Minha Identidade". Esse projeto funcionará por meio da união entre movimentos sociais, comunidades locais e órgãos governamentais municipais, estaduais e federais, visto que é necessária uma ação coletiva visando a consolidação da cidadania brasileira. Com o trabalho desses agentes, serão enviados profissionais a todas as cidades em busca de pessoas que, finalmente, terão suas certidões de nascimento confeccionadas, além de receberem acompanhamento e incentivo para a realização de cadastro em outros serviços importantes do sistema nacional. Por conseguinte, o Brasil estará agindo ativamente para reparar suas injustiças históricas e para solidificar sua democracia, de maneira que os seus cidadãos sejam vistos igualmente.

Ilustração de uma menina escrevendo em um caderno

4. Tema: Saúde mental no Brasil

Na obra "O Alienista", Machado de Assis retrata a história do renomado médico, Simão Bacamarte, e sua criação: um manicômio para tratar os entendidos como "loucos". Mesmo com sucesso inicialmente, quase toda a população de Itaguaí fora internada por seu falso julgamento sobre a loucura, o que levou acidade ao desespero. Embora seja uma ficção do século XIX, a atualidade brasileira ainda se vê nesse cenário de estigmas sobre as doenças mentais, uma vez que o estilo de padronização social, atrelado à insuficiência de políticas públicas, acentuam a falta de informação sobre o tema.

Primeiramente, é notório que o contexto atual é um dos principais motivos para o preconceito sobre doenças psicossociais. Vive-se, de acordo com o escritor Guy Debord, em um período de espetacularização social, em que as imagens ultrapassam e dominam a realidade do ser humano, cegando-o da diversidade existente. Como exemplo, nos dias de hoje, é exigido padrões de beleza, sucessos financeiros e grandes conquistas, não tendo espaço para os problemas individuais e cotidianos. Isso, junto com as necessidades pós-modernas de produtividade, corrobora para a marginalização de temas como saúde mental, que não só precisam de cuidado e atenção, mas também explicitam a temida vulnerabilidade natural

Ademais, é importante ressaltar que a insuficiência de políticas públicas auxilia a desinformação sobre o assunto e não ampara quem sofre com o problema. De acordo com o artigo 196 da ConstituiçãoFederal, a saúde é um direito de todos e é um dever do Estado. No entanto, além de não haver Centros deApoio Psicossocial na maioria dos municípios do país, os números são ainda menores quanto à distribuição de Serviços Residenciais Terapêuticos, destinados às pessoas com transtornos mentais. Excluído de uma sociedade de imagens, quem sofre é ainda mais marginalizado quando lhe faltam oportunidades para compreender a si mesmo e suas questões psicológicas, aumentando o preconceito.

Assim, é possível compreender que os estigmas sobre as doenças mentais são reflexos de uma realidade que distancia o conhecimento sobre o problema. É necessário, então, que o Ministério da Saúde, órgão responsável pela organização e assistência à população, aumente as condições de tratamento aos que sofrem transtornos psicológicos e impulsione o conhecimento sobre as doenças. Isso deve ser feito por meio da ampliação de programas, como CAPS e SRT, além da promoção midiática sobre o tema. Somente combatendo o preconceito, as doenças psicossociais deixarão de ser uma "ilha perdida", como menciona Bacarmarte, sendo compreendidas e amparadas por toda a população.

5. Exemplo de redação - Tema: A exposição exagerada no ambiente virtual

São incontáveis os aplicativos que surgem a todo momento na internet. Antigamente, a função deles era aproximar pessoas em um mundo globalizado, hoje, servem como diários abertos a todos os seguidores. À medida que o ambiente virtual traz benefícios para a comunicação, eles também se tornam meios de exposição excessiva. Dessa forma, é importante educar os usuários dessas redes sociais, a fim de evitar problemas pessoais.

Cabe ressaltar como a internet é presente na vida dos seus usuários. É comum encontrar pessoas de diferentes faixas etárias com smartphones nas mãos que os utilizam para fins profissionais, acadêmicos e pessoais. Porém, este é o que gera problemas, visto que os usuários divulgam demasiadas informações na rede e correm o risco de terem informações vazadas por "hackers".

Com o intuito de solucionar problemas causados pela má utilização do ambiente virtual, medidas precisaram ser tomadas, no Brasil. Em 2012 foi criada a lei Carolina Dieckmann com o objetivo de punir condutas indesejadas na internet, depois de imagens íntimas terem sido divulgadas e por existir uma lacuna de punição desse setor.

Fica evidente que, embora a globalização tenha trazido a internet como meio de troca de informações e comunicação, ela precisa ser fiscalizada devido às demandas atuais. Com a necessidade de guiar os caminhos dos usuários, não só devem-se criar meios de punir os usuários da rede, mas também de educar os usuários para que gerações futuras saibam como se comportarem em ambientes virtuais. Dessa forma, instituições de ensino em parceria com as secretarias de educação devem formular práticas pedagógicas – oficinas, palestras, aulas – de inclusão e educação digital para que cada vez mais os usuários saibam utilizar esse novo meio de comunicação.

6. Tema: A questão indígena no Brasil: reflexões

A carta de Pero Vaz de Caminha contava sobre a presença de um povo que, sob os olhares europeus de soberania, precisava ser civilizado: os índios. Estamos enganados se pensamos que não herdamos esse olhar. Nossos colonizadores fizeram o trabalho sujo do genocídio, mas nós contribuímos para que a questão indígena no Brasil tenha se agravado.

Em primeiro lugar, é necessário encarar o fato de que nós ainda pensamos como os portugueses do século XVI. Principalmente quando subjugamos a cultura indígena, considerando-os selvagens e os colocando em segundo plano. Prova disso é o fato de classificarmos, popularmente, nossa língua como oficial, enquanto as deles são dialetos. Assim como a nossa cultura é classificada rica e civilizada, enquanto a deles é considerada folclore por muitos de nós.

Contudo, a questão indígena é mais complexa. Além de tudo, os índios brasileiros ainda têm de lutar pela terra. Isso porque a bancada ruralista do nosso país vem tomando terras indígenas para alocar sua atividade comercial. Essa situação vem dizimando muitas tribos e impedindo o avanço de qualquer tentativa do governo brasileiro ou de ONGs que atuem na questão indígena no Brasil.

Essa é, portanto, uma situação que não podemos mais sustentar. Chega de encarar os índios como intrusos, negando-os terra, voz e identidade. É preciso que nós lutemos e agreguemos à luta desses povos pela sobrevivência. Para tanto, o governo deve impedir a agricultura e a pecuária de gerar conflitos no campo, garantindo a vida e o sustento desses povos, para que possamos difundir suas culturas.

7. Tema:Os desafios no mercado de trabalho do Brasil contemporâneo

Durante todo o processo cujo Brasil busca o seu desenvolvimento, nota-se que as dificuldades voltadas à empregabilidade vividas no passado do país continuam presentes. Com isso, presuma-se que os brasileiros são conviventes com a falta de trabalho que afligi tantas famílias.

Considerando-se o desemprego, é preciso analisar um ponto que influencia sua causa o analfabetismo. Velho conhecido do povo brasileiro contribui bastante com esse cenário desolador resultado de uma sociedade maquiada em torno de sua real situação de pobreza, exclusão, fome, desigualdade e, desemprego, de uma forma resumida, momento criado por falta de qualificação e oportunidades que, aproveitadas por "alguns", aumenta a concorrência no mercado de trabalho e as discrepâncias sociais.

Não se atendo ao analfabetismo e falando de algo mais recente, a crise econômica, que assola a nação e de tão dura que é, faz o público trabalhador se questionar, "até quando isso vai durar"? dado que, os chefes dos lares "se viram" como pode, tentando driblar o que ocorre no cenário econômico vivido, usando da criatividade para sobreviver, encarando a escassez de chances, com pouca dignidade e honra.

Dado o exposto, percebe-se no que se seguiu a clara situação da população brasileira em transpor as dificuldades no mercado de trabalho. Com isso, o avanço deve partir do governo, reconhecendo as problemáticas aqui indicadas. Assim, sendo um país que há algum tempo busca crescer, voltar investimentos para infraestrutura dos setores de ensino e profissionalização, levando qualidade ao ensino fundamental, médio e cursos qualificantes, seguidos da melhoria e estabilidade do setor industrial, aumentando a oferta de empregos. Seguido disso, há curto prazo, enquanto a crise não se estabelece, políticas públicas deverão ser implantadas. Contudo, educação é o caminho.

8. Tema: O estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira

No filme estadunidense "Coringa", o personagem principal, Arthur Fleck, sofre de um transtorno mental que o faz ter episódios de riso exagerado e descontrolado em público, motivo pelo qual é frequentemente atacado nas ruas. Em consonância com a realidade de Arthur, está a de muitos cidadãos, já que o estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira ainda configura um desafio a ser sanado. Isso ocorre, seja pela negligência governamental nesse âmbito, seja pela discriminação desta classe por parcela da população verde-amarela. Dessa maneira, é imperioso que essa chaga social seja resolvida, a fim de que o longa norte-americano não mais reflita o contexto atual da nação.

Nessa perspectiva, acerca da lógica referente aos transtornos da mente, é válido retomar o aspecto supracitado quanto à omissão estatal neste caso. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é o país que apresenta o maior número de casos de depressão da América Latina e, mesmo diante desse cenário alarmante, os tratamentos às doenças mentais, quando oferecidos, não são, na maioria das vezes, eficazes. Isso acontece pela falta de investimento público em centros especializados no cuidado para com essas condições. Consequentemente, muitos portadores, sobretudo aqueles de menor renda, não são devidamente tratados, contribuindo para sua progressiva marginalização perante o corpo social. Este quadro de inoperância das esferas de poder exemplifica a teoria das Instituições Zumbis, do sociólogo Zygmunt Bauman, que as descreve como presentes na sociedade, mas que não cumprem seu papel com eficácia. Desse modo, é imprescindível que, para a refutação da teoria do estudioso polonês, essa problemática seja revertida.

Paralelamente ao descaso das esferas governamentais nessa questão, é fundamental o debate acerca da aversão de parte dos civis ao grupo em pauta, uma vez que ambos são impasses para sua completa socialização. Esse preconceito se dá pelos errôneos ideais de felicidade disseminados na sociedade como metas universais. Entretanto, essas concepções segregam os indivíduos entre os "fortes" e os "fracos", em que tais fracos, geralmente, integram a classe em discussão, dado que não atingem essas metas estabelecidas, como a estabilidade emocional. Por conseguinte, aqueles que não alcançam os objetivos são estigmatizados e excluídos do tecido social. Tal conjuntura segregacionista - os que possuem algum tipo de transtorno, nesse caso - na teia social. Dessa maneira, essa problemática urge ser solucionada para que o princípio da alemã seja validado no país tupiniquim.

Portanto, são essenciais medidas operantes para a reversão do estigma associado às doenças mentais na sociedade brasileira. Para isso, compete ao Ministério da Saúde investir na melhora da qualidade dos tratamentos a essas doenças nos centros públicos especializados de cuidados, destinando mais medicamentos e contratando, por concursos, mais profissionais da área, como psiquiatras e enfermeiros. Isso deve ser feito por meio de recursos autorizados pelo Tribunal de Contas da União - órgão que opera feitos públicos - com o fito de potencializar o atendimento a esses pacientes e oferecê-los um tratamento eficaz. Ademais, palestras devem ser realizadas em espaços públicos sobre os malefícios das falsas concepções de prazer e da importância do acolhimento dos vulneráveis. Assim, os ideais inalcançáveis não mais serão instrumentos segregadores e, finalmente, a cotação de Fleck não mais representará a dos brasileiros.

9. Modelo de redação - Tema: A melhor maneira de lidar com a dor da perda

Inúmeras situações na vida transmitem a ideia de um mal sem solução. Frequentemente, elas envolvem perdas ou grandes mudanças, como o fim de um relacionamento, a mudança de cidade, etc. No entanto, as situações mais dolorosas são aquelas relacionadas à morte de alguém. Apesar de os indivíduos sentirem e reagirem de formas diferentes, a dor de uma perda é, quase sempre, irreparável. Resta-nos saber qual a melhor maneira de lidar com a situação, a fim de superá-la.

Todas as pessoas passarão, inevitavelmente, por uma situação dolorosa. Ao lidar com uma perda, há quem prefira reprimir os sentimentos e fingir que está tudo bem. Outros, para fugir do emocional, tentam questionar razões, ou ainda são práticos, procurando, sempre, ocupar o tempo para não refletir sobre o que aconteceu. Porém, negar e mascarar a lástima não é o mesmo que eliminá-la. Encarar a dor não significa demonstrar fraqueza, mas sim o primeiro passo para superá-la.

Em contrapartida, há os indivíduos que optam por aceitar, desde o início, a circunstância dolorosa. É preciso entender que a perda é real e irreversível. Para isso, é importante conversar com outras pessoas, manter lembranças boas, enfrentar os sentimentos de culpa e revolta e, principalmente, não se isolar. Muitas vezes a ajuda profissional é a melhor alternativa, pois trabalha todos os passos para a superação.

Como enfrentarmos a perda? Este é um assunto que muitos tentam evitar, mas é algo que deve ser encarado. Fica claro, portanto, que negar o luto não é a melhor opção, sendo apenas uma forma de adiar o sofrimento. Aceitar e enfrentar, desde o primeiro momento, é o segredo para superar o luto e voltar a viver normalmente, guardando apenas as lembranças boas.

10. A prática de bullying nas escolas do Brasil

A prática do bullying tem se tornado cada vez mais comum na sociedade, principalmente no ambiente escolar. Bullying significa intimidação e se refere a todas as formas de atitudes agressivas, intencionais e repetidas adotadas por um ou mais alunos contra outro ou outros alunos. Muitas vezes o agressor pratica o bullying para se sentir realizado, para demonstrar o domínio, o poder que exerce sobre outros, e muitas vezes acaba se tornando um adulto agressivo e violento. O aluno que sofre o bullying – a vítima – se sente humilhado, rejeitado e rebaixado, podendo desenvolver quadros de depressão, dificuldade de relacionamento, entre outros problemas que podem levar ao suicídio. Em consequência, as pessoas que testemunham o bullying e não são vítimas nem agressoras acabam se sentindo culpadas por não ajudarem a vítima, além de intimidadas pelo agressor. É um problema que envolve toda a escola, incluindo os professores que presenciam o bullying e muitas vezes não são capacitados para lidar com isso.

Com o objetivo de prevenir e combater o bullying, o "Diário Oficial da União" publicou em 09/11/2015 um texto aprovado pela Câmara em 10/2015 e enviado para a sanção presidencial. Esse texto define o bullying como uma prática de atos de violência física ou psíquica exercidas intencionalmente e repetidas vezes por um ou mais indivíduo contra uma ou mais pessoas para intimidar ou agredir, causando angústia à vítima. O projeto aprovado pela Câmara determina a realização de capacitações dos docentes e das equipes pedagógicas para o desenvolvimento de ações de prevenção e solução do bullying, e também para apoiar e orientar os pais e familiares a identificarem as vítimas e saber como ajudá-las. Esse projeto pode ajudar muito na redução dos quadros de bullying em todo o país, porém necessita de professores dispostos a colocá-lo em prática. Além disso, necessita-se de uma abordagem melhor sobre o tema nas salas de aula, nas reuniões de pais e professores, nas igrejas, nas empresas, na televisão, internet e em todos os lugares possíveis de divulgação. Possivelmente o resultado não seja imediato, mas ao longo dos anos pode ocorrer uma redução do bullying nas escolas.

Vale lembrar que muitas vezes o bullying começa em casa, por isso torna-se tão importante a abordagem sobre o tema com os pais e familiares. Dentre as abordagens que podem ser realizadas nas escolas estão as atividades, brincadeiras, palestras, gincanas, projetos realizados com o objetivo de aproximar os alunos e reduzir as diferenças encontradas na convivência diária. Ressaltar a importância e os benefícios dos trabalhos em grupo, da aceitação de diferentes raças, sexos, crenças, etc, e o mais importante, evitar punições severas ao agressor, pois isso pode desencadear quadros piores de bullying. Sendo assim, observa-se a importância de um bom planejamento estratégico nas escolas, respeitando suas necessidades e particularidades, pois os ambientes escolares podem ser bem diferentes uns dos outros.

Curso de Redação

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