Conversational commerce: saiba como vender em tempo real

9 minutos

Nos últimos anos, a forma de comprar mudou muito. Hoje, o consumidor não quer apenas navegar por um site: ele quer conversar, tirar dúvidas e ter certeza de que está fazendo a escolha certa.

É aí que entra o conversational commerce, ou simplesmente C-commerce.

Essa tendência une tecnologia e relacionamento humano, permitindo que a venda aconteça dentro de uma conversa.

Se antes o foco estava em gerar tráfego para o site, agora o segredo está em criar conexões reais com os clientes.

Um simples "posso te ajudar?" enviado no momento certo pode fazer toda a diferença entre perder e fechar uma venda.

Ao longo deste artigo, você vai entender o que é o conversational commerce, como ele funciona na prática, por que vale a pena investir e como montar uma estratégia completa para sua loja.

O que é conversational commerce?

Conversational commerce é a união entre conversa e compra, uma forma de vender que coloca o diálogo no centro da experiência.

Em vez de depender apenas de anúncios e páginas de produto, a loja fala diretamente com o cliente por meio de mensagens em canais como WhatsApp, Instagram ou chat do site.

O conceito parte de algo simples: as pessoas confiam mais em quem conversa com elas. E, no ambiente digital, essa conversa ganhou novas formas. 

Hoje, um cliente pode perguntar o preço de um produto, tirar dúvidas e até finalizar o pedido sem sair do aplicativo de mensagens.

Essa nova maneira de vender não é só sobre tecnologia, mas sobre proximidade.

Pequenos e médios lojistas, principalmente, têm muito a ganhar com isso. Eles conseguem oferecer um atendimento mais humano, direto e personalizado, sem precisar de grandes estruturas.

É como levar o balcão da loja física para dentro da tela do celular.

Como funciona o conversational commerce?

O Conversational Commerce funciona quando a loja usa a conversa como ponto de contato direto com o cliente e não apenas como suporte.

Tudo começa com uma interação simples: alguém envia uma mensagem perguntando o preço, a disponibilidade ou até pedindo uma recomendação. 

A partir daí, o atendimento se transforma em uma oportunidade de venda. Veja só:

  1. O cliente inicia o contato em um canal como WhatsApp, Instagram ou chat do site;
  2. A loja responde rápido, acolhendo o cliente e entendendo o que ele busca;
  3. Durante a conversa, o vendedor compartilha informações, imagens, vídeos e sugestões personalizadas;
  4. A compra é finalizada dentro da própria conversa – ou o link é enviado para pagamento direto na loja virtual.

Imagine uma loja de cosméticos que recebe uma mensagem de alguém com dúvida sobre qual tipo de base comprar. 

O atendente pergunta o tom de pele da cliente, envia duas opções, explica a diferença entre elas e finaliza o pedido pelo link do WhatsApp. Simples, rápido e com atendimento de verdade.

Por que é importante usar o c-commerce?

Porque as pessoas querem conversar antes de comprar e isso muda tudo.

Segundo a Mobile Time, 99% dos brasileiros com smartphone usam o WhatsApp todos os dias. Ou seja, o cliente já está lá, pronto para falar com a sua marca.

Para quem vende, isso representa uma grande oportunidade para vender de forma mais próxima, tirar dúvidas em tempo real e criar confiança antes da compra.

Em vez de depender apenas do site ou dos anúncios, o vendedor fala diretamente com o cliente e transforma o atendimento em relacionamento.

Quando a conversa flui, a venda acontece de forma natural  e o cliente tende a voltar.

Quais as vantagens de usar o conversational commerce?

Usar o conversational commerce traz benefícios diretos tanto para quem está vendendo, quanto para quem está comprando. 

Em termos simples, ele  agiliza o atendimento e ainda ajuda a vender mais. Vamos entender em mais detalhes a seguir: 

Mais conveniência para o consumidor

O cliente já passa boa parte do dia em aplicativos de mensagem e poder comprar por ali mesmo é muito mais prático.

Ele não precisa abrir o site, procurar o produto ou preencher cadastros longos. Em poucos minutos, tira dúvidas, confirma o pedido e conclui a compra sem sair da conversa.

Essa agilidade faz diferença em um cenário onde o consumidor quer resolver tudo rápido, pelo celular.

Automatização do atendimento

Com o uso de mensagens automáticas e chatbots, o lojista consegue responder perguntas frequentes, enviar atualizações de pedidos e até direcionar o cliente para o setor certo.

Isso não apenas economiza tempo, mas também garante que o cliente nunca fique sem resposta.

E quando a conversa exige um toque mais humano, o atendente entra em cena para manter o equilíbrio entre eficiência e personalização.

Aumento de conversões

Muitas vendas se perdem por falta de resposta rápida ou de um atendimento mais próximo.

Quando o cliente consegue conversar com a loja e receber orientações diretas, ele se sente mais seguro para comprar.

Um exemplo comum é a pessoa que tem dúvida sobre o tamanho ou a cor de um produto: com uma resposta imediata, ele finaliza a compra sem pensar duas vezes.

É esse contato humano que transforma o interesse em venda.

Redução de abandono de carrinho

Grande parte dos carrinhos é abandonada por pequenas dúvidas, como: prazo de entrega, valor do frete, troca ou forma de pagamento.

No conversational commerce, o vendedor pode agir antes que o cliente desista, oferecendo ajuda e resolvendo tudo na hora.

Essa interação rápida pode recuperar vendas que seriam perdidas no site e ainda deixar o cliente com uma boa impressão do atendimento.

Personalização da experiência do cliente

Cada conversa gera informações valiosas: preferências, hábitos de compra, dúvidas frequentes.

Com esses dados, dá para adaptar o atendimento, sugerir produtos relevantes e enviar mensagens que realmente interessam ao cliente.

Essa personalização faz o consumidor sentir que está falando com alguém que entende o que ele precisa. Ou seja, não com um robô.

Aumento da fidelização de clientes

Quando o atendimento é bom e a experiência é positiva, o cliente se lembra disso. Ele volta a comprar, indica a loja e se torna um promotor espontâneo da marca.

O conversational commerce ajuda a construir esse vínculo, mostrando que por trás da tela há alguém disposto a ajudar – e é justamente isso que faz a diferença no longo prazo.

Como criar uma estratégia de conversational commerce?

Até aqui, você certamente percebeu que adotar o conversational commerce é muito mais do que atender mensagens no WhatsApp.

Trata-se de criar uma experiência de compra personalizada, que une tecnologia e atendimento humano.

Para isso, é importante construir uma estratégia que seja clara, prática e adaptada à rotina da sua loja.

A seguir, veja os passos que ajudam a transformar conversas em resultados:

1. Monte o chatbot

O chatbot é o ponto de partida para escalar o atendimento sem perder agilidade.

Ele pode responder dúvidas simples, enviar informações de pedidos ou até direcionar o cliente para o atendente certo.

Mas aqui vai o segredo: o robô precisa ter um jeito humano de falar.

Nada de mensagens frias e padronizadas demais. Prefira respostas curtas, diretas e com a linguagem que a sua marca já usa nas redes sociais.

Por exemplo:

Em vez de "Sua solicitação foi recebida com sucesso", teste algo como "Oi! Tudo bem? Recebemos sua mensagem 😊 Vamos te ajudar rapidinho."

Pequenos detalhes fazem o cliente se sentir acolhido desde o primeiro contato.

2. Divulgue o c-commerce

De nada adianta ter um canal de atendimento incrível se ninguém sabe que ele existe, concorda?

Por isso, deixe visível o link do seu WhatsApp ou chat em todos os pontos de contato: redes sociais, loja virtual, e-mails e até nas embalagens dos produtos.

Você também pode criar publicações simples convidando o cliente para conversar. Algo como:

"Tem dúvida sobre o tamanho? Chama a gente no WhatsApp!"

Esse tipo de convite mostra que sua marca está disponível e acessível, o que ajuda muito a gerar confiança, especialmente para quem ainda não conhece a loja.

3. Prepare o atendimento

O conversational commerce depende de pessoas. Mesmo com automação, o atendimento humano continua sendo o coração da estratégia.

Por isso, treinar quem conversa com o cliente é fundamental: a equipe precisa conhecer os produtos, entender as necessidades do público e saber se comunicar com empatia.

Vale alinhar pontos como:

  • Tom de voz da marca (formal, descontraído, acolhedor);
  • Tempo ideal de resposta;
  • Como lidar com objeções e dúvidas comuns.

Quando o atendimento é bem feito, o cliente sente segurança — e isso influencia diretamente na decisão de compra.

4. Defina os caminhos de checkout

Depois de uma boa conversa, o cliente precisa de um caminho rápido e sem atrito para finalizar a compra.

Por isso, planeje como esse fechamento vai acontecer: se será via link direto de pagamento, checkout no site, PIX ou outro método.

O ideal é que o cliente consiga pagar sem precisar sair da conversa ou refazer o processo no site.

Se o cliente pediu um produto no WhatsApp, por exemplo, envie o link do checkout já preenchido com o item.

Quanto menos cliques ele precisar dar, maiores são as chances de conversão.

5. Crie uma estratégia para carrinhos abandonados

Nem sempre o cliente compra na primeira conversa – e tudo bem. Mas isso não significa que a venda está perdida.

Uma boa estratégia de recuperação pode reabrir o diálogo de forma leve. Mensagens curtas e personalizadas funcionam muito melhor do que lembretes automáticos:

"Oi, vi que você ficou de olho naquele produto. Posso te ajudar com alguma dúvida?"

Essa abordagem mostra interesse genuíno e pode ser o empurrão que faltava para a compra acontecer.

6. Monitore seus resultados

O conversational commerce é uma estratégia viva que precisa ser observada e ajustada com o tempo.

Acompanhe métricas simples, como:

  • Quantas conversas viram vendas;
  • Tempo médio de resposta;
  • Quantas pessoas entram em contato por canal;
  • Quais mensagens têm melhor retorno.

Com o tempo, você vai perceber quais abordagens funcionam melhor e como o atendimento pode se tornar ainda mais eficiente.

Criar uma estratégia de conversational commerce é, no fim das contas, equilibrar tecnologia e relacionamento.

Automatizar o que for possível, sem perder o toque humano. Esse é o caminho para transformar conversas em vendas consistentes.

Aprendeu sobre conversational commerce? Agora, vá além!

Depois deste conteúdo, temos certeza de que você está preparado para adotar o conversational commerce no seu negócio.

Contudo, vale ressaltar que este é apenas um dos desafios que você vai enfrentar na hora de ter um empreendimento de sucesso. 

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